domingo, fevereiro 05, 2006

22) Contatos imediatos em Tatuí

A ciência tem se desenvolvido em todas as áreas, mas alguns mistérios ainda não foram explicados, como é o caso dos ÓVNIS “objetos voadores não-identificados”, conhecidos como “discos voadores” ou como UFOs (sigla em inglês para objetos voadores não identificados). É como Ufologia que o estudo desses fenômenos tem sido chamado.

Aparições de objetos voadores não-identificados têm sido relatadas desde a Antiguidade. A Arte Sacra da Idade Média traz alguns desenhos que remetem a tais aparições, sem explicar coisa alguma. Há registros gráficos em todo o planeta, incluindo as civilizações pré-colombianas da América.

Ou seja, fala-se muito, mas explica-se pouco, ou nada! Muitas fotos e filmagens de óvnis têm surgido, incluindo inúmeras farsas, servindo para aumentar a confusão, criando desconfianças. Muitos crêem e muitos são céticos quanto à existência de seres extraterrestres. Entretanto, um simples cálculo estatístico aponta para a real possibilidade de existir outros planetas habitados, tirando a exclusividade da Terra, a qual já perdeu até mesmo o status de “centro do universo”, título ostentado por séculos, reforçado pelas doutrinas católicas, uma situação desmontada por Galileu.

Não vou nem entrar em detalhes a respeito dos casos mais célebres de “avistamento”, como Roswell, Varginha... Só que em Tatuí também aconteceu um contato imediato de “segundo grau”, que passo a relatar.

Contato Imediato de Segundo Grau: quando o OVNI interage com o meio deixando provas físicas de sua passagem, como marcas de pouso no solo, minerais vitrificados devido a alta temperatura, efeitos colaterais nas testemunhas, como queimaduras ou queda de cabelos (causados por radioatividade ou calor), interferências eletromagnéticas em aparelhos eletrônicos etc.

O acontecimento, ou melhor, o avistamento ocorreu há mais de 30 anos e foi relatado até na televisão, por uma das pessoas que mantiveram o contato com o óvni. A revelação dos fatos ocorreu na televisão, por ocasião do concurso “Cidade contra Cidade” que Tatuí participou, enfrentando a cidade de Lorena, como já relatei em um caso anterior.

No período noturno, Tatuí era protegida pela valente Guarda Noturna da cidade, que em tempos gloriosos foi comandada pelo saudoso Ângelo Guarda, bastante lembrado pelo uniforme garboso, cheio de autocondecorações que ele vestia para comandar os valentes guardas-noturnos.

Em uma noite fria e silenciosa, alguns guardas-noturnos estavam deliberando assuntos importantes nas proximidades de sua sede (leia-se fofocando), que ficava no porão da antiga Cadeia Pública, atualmente o prédio do Museu.

Para ser mais exato, eles conversavam aos pés da estátua de Getulio Vargas, que ainda existe nesse mesmo local. Nessa época a praça era empoeirada, não tinha calçamento e a terra vermelha e seca, com qualquer sopro de vento levantava uma nuvem de pó, sujando tudo por lá. Entretanto, a estátua do Getulio costumava estar sempre limpa, isto porque havia um getulista saudoso que não descuidava de seu ídolo, lavando periodicamente o monumento. Não sei se ainda há alguém fazendo isso hoje.

Zé do Bimbo era um desses intrépidos guardas e foi ele quem narrou o fato para o Silvio Santos, enlevando o nome de Tatuí, levado aos mais altos e longínquos pontos de nossa galáxia.

Estavam todos conversando na praça quando começaram a ouvir um ruído estranho, quase como um chiado de panela de pressão. Chhhhhhhhiiiiiiiiiiiiiii!!!!!! Preocupados, começaram a tentar entender aquilo e procurar aqui e ali a fonte desse barulho. O som aumentava em intensidade e parecia vir do alto. Já imaginavam que era um avião em pane, prestes a cair.

De repente, surgiu no céu uma luz pulsante. Intensa e pulsante, vindo exatamente na direção deles. Um instante apenas e o pânico espalhava-se entre eles. Melhor dizendo, com a luz eles espalharam-se em pânico... Só o Zé do Bimbo manteve a calma e permaneceu parado. Pode ter sido, também, que ele ficou paralisado de medo, mas não vou supor tal coisa de um audaz membro da gloriosa guarda-noturna tatuiana.

O objeto foi aproximando rapidamente, a uma velocidade estonteante. Em poucos segundos estava sobre a praça e, repentinamente, parou, ficando como que flutuando sobre o local, no mesmo momento em que cessou o ruído.

Todos os que estavam por ali puderam observar o óvni. Não parecia nem com disco voador, com pires, charuto, sopeira e outros formatos que costuma ser relatado, mas era parecido com um Karmann-Ghia, automóvel esportivo então fabricado pela Volkswagen.

- Tinha cor prateada, emanava uma luz avermelhada e parecia um Karmann-Ghia - explicou Zé do Bimbo na televisão – mas não vi ninguém na janelinha – completou.


Karmann-Ghia

Durante alguns minutos a situação permaneceu aquela. Todos olhando para o céu e para o “Karmann-Ghia” estacionado no nada. Quase que como encanto, o objeto começou a movimentar-se, indo na direção da fábrica São Martinho.

Movia-se vagarosamente e pode ser acompanhado pela audaciosa guarda-noturna tatuiana.

Desceram a Rua José Bonifácio olhando para o alto. Não havia mais ninguém nas ruas, devido ao adiantado da hora. O óvni continuou flutuando, passou sobre a fábrica e continuou sua trajetória, agora em direção à Vila Esperança. Os homens da guarda continuaram a seguir o tal objeto, agora já sem qualquer temor.

Quando chegou nas proximidades da ponte existente nessa rua, bem ao lado da casa do Bilau, antigo morador da região, já falecido, o disco parou e começou a descer. Desceu lentamente até a altura de uns 5 metros, quando estacionou novamente, pairando no ar.

Apesar do objeto não fazer qualquer ruído, o coro dos cães das vizinhanças era ensurdecedor. A cachorrada latia desesperadamente. Além dos cães, como nessa época era costume criar cabras nessa região, dezenas de animais estavam por lá. Naquele momento as cabras também estavam agitadas, literalmente béééérrando.

Por uns minutos o objeto ficou pairando no ar, imóvel e silencioso. De repente começou a sair um tubo de sua parte inferior. Parecia uma mangueira, com a bitola de 2 polegadas, aproximadamente. O tubo foi saindo e desceu até o ribeirão do Manduca.

Quando o tubo chegou a uma distância de uns 30 centímetros da superfície do córrego, passou a verter um líquido fétido e estranho, como que estivessem descarregando um esgoto ou algo semelhante. A água tingiu-se de prateado... um líquido prateado que logo misturou-se ao ribeirão.

A descarga demorou cerca de 5 minutos até estar completa. Nesse momento o disco movimentou-se uns 2 metros a montante, parando novamente. Agora o tubo desceu mais um pouco e mergulhou dentro do ribeirão. A água passou a ser bombeada para o disco voador, fato que era percebido pelo som da água subindo pelo tubo.

Aquilo causou grande admiração às testemunhas que presenciavam o acontecimento:

- Nem as cabras bebem essa água, isso é merda pura! – comentaram.

Mais alguns minutos e o tubo começou a ser recolhido no óvni. Nesse momento, Zé do Bimbo percebeu que uma cabeça surgiu na janela do tal objeto semelhante a um Karmann-Ghia voador. Ele acenou ao tripulante daquela nave, que, garantiu, respondeu sinalizando. Se isto for procedente, neste exato momento acontecia um “contato imediato de terceiro grau”.

Contato Imediato de terceiro grau: quando a testemunha diz ter estabelecido qualquer nível de comunicação com os ocupantes de um ÓVNI.

Sem qualquer aviso, o disco começou a movimentar-se em uma velocidade surpreendente. Em poucos segundos desapareceu do céu tatuiano. Nunca mais foi visto por aqui.

Certamente que muitos duvidam desse aparecimento. Mas as testemunhas eram pessoas de credibilidade, valentes guardas-noturnos da saudosa e garbosa Guarda Noturna de Tatuí.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que saudade dessa terra, eu aqui tao longe lembrando da minha infancia, sou Alaide Loureiro, neta do Lindolfo que vendia cocada/bala de coco com uma cesta,lembra?
Nunca me esqueco dos "doidos", a Maria Boneca, o Matarazzo, a Cida Jacare (minha irma Mirna tinha um medo terrivel dela...). Nao vejo a hora de ir em Tatui (moro longe agora,EUA) e ficar com minha amiga Loi Reali, sentada no jardim sem fazer nada igual o Mauricio Loureiro Gama fazia, as vezes conversava com o Tico Tico.